Apresentação

Nossa História é Assim... (contada em pedacinhos) é fruto da espontaneidade, da imaginação, dos sonhos e das habilidades das crianças da Escola Municipal Diácono Abel Gueiros.

Uma vez por semana cada turma, dividida em dois grupos, vai à sala de leitura. Lá, os alunos entram em contato com esse universo. Experimentam as diversas possibilidades da leitura: textos, imagens, sons, gestos, entre outras expressões.

O mediador de leitura tem um objetivo: formar novos leitores. O livro e o DVD animado Nossa História é Assim... (contada em pedacinhos) surgiram do desejo de transformar as crianças não apenas em leitoras, mas em escritoras também. Dar mais um passo. Criar e não apenas repetir.

Sim, mas como foi isso? Cada grupo, reunido com o mediador, pensou um título para a história. Depois o mediador ficou em um lugarzinho mais afastado da sala e chamou de um por um, com um desafio: continue a história. Enquanto cada um ia dizendo os nomes dos personagens, os lugares, como foi que aconteceu, entre outros detalhes, o mediador anotava cada sugestão. No final, reuniu todos e contou como ficou. A brincadeira aconteceu com todos os grupos, com exceção do grupo V, os mascotes, que teve como desafio ilustrar uma música para o clipe do DVD animado.

E por falar em ilustrar, cada grupo também precisou ilustrar sua história. Depois, escolher bons leitores para gravar a voz e montar um clipe animado. Por fim, realizar um concurso das histórias, com direito ao lançamento do livro e do DVD animado para que cada um pudesse ter em mãos o fruto da sua criação.

Claro, é importante destacar que as histórias surgiram da oralidade, ou seja, da fala, e o mediador utilizou a grafia, ou seja, a escrita, para dar corpo ao texto. Mas que fique bem claro aqui: a essência, o espírito do texto nasceu na cabecinha de cada aluno. Nossa História é Assim... (contada em pedacinhos) é um projeto que pode parecer ousado, formar novos escritores, que seja! Deixar de sonhar? Jamais!

Darton Charles

Para esse projeto acontecer contamos com o APOIO dos amigos:

Jeymison dos Anjos

Janine Henriques

Marcos Vinícius

Glauber Falcão

Wilba Pinto

Tiago Rocha Costa

Daniel Gadelha

Elke Saldanha

Rogério Ferreira

Catarina Rocha

Felipe Luiz Paulo

Marcelo Ferreira

Wendel Simplício

Henrique Andrade


Escola Municipal Diácono Abel Gueiros

Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores

Um Feriado Gripado

Felipe era um menino muito bom e feliz. Um dia de feriado acordou tossindo. Sua mãe, dona Patrícia, ficou preocupada e levou o filho na emergência de um hospital perto de sua casa.

O doutor Jurubeba atendeu o menino e disse que ele teria que tomar uma injeção e ficar o dia internado. Felipe ficou revoltado com a notícia e disse:

- Sai pra lá, isso é só uma tosse. Não vou ficar nesse hospital. Meu pai prometeu que iria me levar para passear no parque hoje. Não quero ficar! Não quero e pronto!

O doutor Jurubeba respondeu:

- Você tem que se cuidar, menino, para não piorar.

Felipe tomou a injeção fazendo muita careta, mas não quis ficar no hospital internado e começou a chorar para ir para casa.

Dona Patrícia, com pena, levou o menino. Assim que chegou, Felipe chamou o pai, seu Ricardo, para cumprir o que prometeu: passear no parque. Seu Ricardo perguntou:

- Você está bem mesmo?

Felipe respondeu:

- Estou sim, papai. É só uma tosse besta. Vamos!

Assim que chegou no parque foi logo brincar. Seu Ricardo ficou lendo o jornal, sentado em um banco. De repente, percebe seu filho desmaiado no chão. Corre desesperado e o leva imediatamente para o hospital de novo.

O doutor Jurubeba recebeu o menino e o colocou numa maca. Depois que tomou o remédio, Felipe acordou.

O doutor Jurubeba disse:

- Se ele demorasse a chegar aqui teria morrido. Agora já não corre mais risco. Graças a Deus! É importante saber que nem todas as vontades das crianças devem ser atendidas. Para o próprio bem delas. É bom ele passar a noite aqui em observação.

Os pais de Felipe ficaram a noite toda junto do filho. De manhã, foram os três para casa aliviados e felizes.

AUTORES: Alunos do 2º ano (primeiro ciclo) – Grupo A

Arroz com Galinha

Chiquinho era um menino muito quieto. Era um bom menino, mas que só comia porcaria.

No café da manhã, comia: pipoca, confeito, biscoito.

No almoço, comia: cachorro quente, hamburguer, refrigerante, pirulito, chiclete.

No Jantar, comia: pizza, bolo, salgadinho, refrigerante.

Todos os dias, o dia todo, sempre comia comidas pouco nutritivas

Certa noite foi dormir e acordou passando mal. Teve uma baita dor de barriga e passou horas no banheiro. Uma vida de rei, sentado no trono.

Sua mãe, dona Magali, levou Chiquinho no médico e depois deu uma bronca nele:

- Menino, você só come essas porcarias. Eu e seu pai passamos o dia no trabalho e não temos como saber o que você anda comendo. Vou preparar arroz com galinha para você comer.

Depois desse dia Chiquinho só comia arroz com galinha com medo de passar mal de novo.

No café da manhã, comia: arroz com galinha.

No almoço, comia: arroz com galinha.

No jantar, comia: arroz com galinha.

Todos os dias, o dia todo, comia: arroz com galinha.

Certa noite foi dormir e acordou passando mal. Teve uma baita dor de barriga e passou horas no banheiro. Uma vida de rei, sentado no trono.

Dona Magali levou seu filho no médico mais uma vez.

MORAL DA HISTÓRIA: TUDO DEMAIS FAZ MAL!

AUTORES: Alunos do 2º ano (primeiro ciclo) – Grupo B

Cuidado com o que Fala

Gabriel estava brincando e quebrou, sem querer, um jarro muito caro que sua mãe tinha comprado. Quando sua mãe, dona Selma, chegou, ele inventou uma mentira. Estava com medo de apanhar. Disse que foi o seu cachorro Tof.

- Mãe, foi Tof que passou correndo e derrubou seu jarro.

Dona Selma, com raiva do cachorro, resolveu jogar Tof na rua.

- Não quero mais esse cachorro aqui em casa. Vai agora mesmo morar na rua.

Tof ficou poucos dias na rua porque logo logo a carrocinha levou o pobre cão para ser morto. Gabriel soube por um colega que o cachorro foi levado pela carrocinha e que estava para morrer.

- Eu vi quando levaram Tof. Dois homens botaram dentro do carro. Ele vai morrer.

Gabriel não parava de pensar em Tof e na história que tinha inventado. Correu até o lugar onde os cachorros ficavam presos e conversou com o responsável pela carrocinha.

- Deixe eu levar Tof, ele é meu.

O responsável pela carrocinha disse:

- Só posso soltar esse cachorro se sua mãe vier aqui. Se nenhum adulto vier, ele vai morrer.

Gabriel chegou em casa chorando e disse para a mãe que tudo era mentira e que Tof não tinha culpa. Contou também que Tof tinha sido levado pela carrocinha e que iriam matá-lo.

Dona Selma deu uma bronca no filho e foi correndo tentar salvar Tof.

Quando dona Selma chegou, o responsável pela carrocinha disse que ela deveria ter ido mais cedo. O cão já estava morto.

Dona Selma chegou em casa e chamou Gabriel para conversar. Ela começou a chorar e disse o que aconteceu.

- Meu filho, não deu para chegar a tempo. Tof morreu. Está vendo o que uma mentira foi capaz de fazer? Eu sei que também errei porque não perdoei Tof. A partir de agora tenha mais CUIDADO COM O QUE FALA.

Os dois se abraçaram.

AUTORES: Alunos do 3º ano (primeiro ciclo) – Grupo A

Quero Casar com Você

Mateus e Débora eram grandes amigos e se conheceram na escola quando eram bem pequenos. Mateus sempre sentiu um carinho muito especial por Débora, mas nunca teve coragem de falar. Ele era muito tímido.

O tempo passava, ele crescia e o amor que ele sentia por Débora também crescia. Mesmo assim não tinha coragem de contar.

Um dia, apareceu uma novata na escola, Jenifer, que pediu ele em namoro. Mateus, mesmo gostando de Débora, acabou aceitando o pedido de Jenifer.

Débora soube do namoro e ficou triste. No fundo, ela gostava de Mateus, mas também não tinha coragem de falar.

Pegou uma folha de caderno e começou a escrever uma carta para Mateus dizendo que existia uma menina na escola que gosta dele há muitos anos.

- Que pena que você está namorando! Mas quero dizer que alguém te ama há muito tempo. Assinado: admiradora secreta.

Débora, sem que ninguém visse, colocou a carta embaixo da porta da casa de Mateus.

De manhã, quando ele se levantou, viu o envelope. Abriu e leu a carta. Quando terminou de ler, ficou surpreso. Um detalhe fez com que ele descobrisse quem escreveu a carta. Como Débora era sua amiga de infância, conhecia bem a letra dela. Seu coração pulou de alegria.

Foi na casa de Jenifer e terminou o namoro. Depois saiu correndo para casa de Débora. Bateu na porta. A porta se abriu, Débora estava na sua frente. Ele fica calado por alguns segundos e diz:

- QUERO CASAR COM VOCÊ. Você aceita?

Ela balança a cabeça dizendo que sim e os dois se beijam.

AUTORES: Alunos do 3º ano (primeiro ciclo) – Grupo B

Dentinho e Pitulina

O casal de namorados mais românticos do bairro era Dentinho e Pitulina. Cabeção era um menino invejoso que queria acabar com o namoro dos dois. Ele era apaixonado por Pitulina também.

Certo dia, Dentinho tinha combinado um encontro com Pitulina na lanchonete, mas Cabeção preparou uma armadilha.

- Dentinho não perde por esperar. Vou acabar com o namoro dele.

Cabeção amarrou uma corda numa árvore para que o pé de Dentinho ficasse preso e não chegasse a tempo no encontro.

Dentinho passeava bem tranquilo quando, de repente, foi capturado pela armadilha. Começou a gritar desesperado por socorro, tentando se soltar.

Na mesma hora, Cabeção foi encontrar a menina. Quando chegou, percebeu Pitulina olhando o relógio e comentou:

- Eu encontrei Dentinho na frente da casa dele jogando bola. Ele disse que não ia sair hoje porque adora futebol. Se você quiser, posso lanchar com você.

Pitulina ficou triste, mas aceitou a proposta de lanchar com Cabeção.

Depois de muito esforço, Dentinho conseguiu se soltar. Saiu correndo para encontrar Pitulina.

Quando chegou, viu os dois, Cabeção e sua namorada, lanchando juntos. Ficou parado observando. Até que percebeu Cabeção indo ao banheiro. Ele foi até a mesa e contou para Pitulina o que aconteceu:

- Cabeção preparou uma armadilha na hora que vinha para cá. Fui capturado, mas consegui me soltar. Vamos pegá-lo?

Pitulina concordou. Dentinho foi embora antes que Cabeção voltasse do banheiro.

Cabeção sentou e começou a conversar com Pitulina dizendo que gostava dela e que era um bom menino.

- Você deveria acabar o namoro com Dentinho, ele é um falso.

Pitulina respondeu:

- Vou terminar o namoro com Dentinho hoje mesmo, mas só posso te dar uma resposta mais tarde, no banco da praça. Tá certo?

Cabeção ficou feliz da vida.

HORAS DEPOIS

Cabeção estava lá, sentando no banco da praça, quando Pitulina se aproximou com uma caixa não mão.

Cabeção perguntou:

- O que é isso, Pitulina? É um presente para mim?

Ela respondeu:

- Sim, como adivinhou? Agora antes de entregar o presente quero que você feche os olhos porque quero lhe dar um beijo. Não abra até eu acabar de beijar você. Certo?

Ele balançou a cabeça dizendo que sim e fechou os olhos. Pitulina abriu a caixa e tirou um sapo de dentro da caixa e aproximou o sapo da boca do Cabeção. Ele deu um beijo apaixonado no sapo. Quando abriu o olho, tomou um susto e saiu correndo com medo e nojo do sapo.

Dentinho apareceu atrás do banco e os dois começaram a rir.

AUTORES: Alunos do 3º ano (primeiro ciclo) – Grupo A

Floresta do Mal

Certo dia, um cientista Maluco foi fazer uma experiência na floresta. Chegando lá, viu que tinha uma placa dizendo:

PROIBIDO ENTRAR NA FLORESTA DO MAL!

Ele não respeitou a placa e entrou. Parecia bem tranquilo até que sentiu que estava sendo capturado por uma planta carnívora gigante. Ele desesperado começou a gritar e tentar se soltar.

A esposa do Cientista Maluco, Zefinha das Jóias, sentiu falta do marido e foi procurá-lo. Ela sabia que seu marido há muito tempo queria entrar naquela floresta.

Assim que chegou na entrada da floresta, Zefinha das Jóias viu a placa (PROIBIDO ENTRAR NA FLORESTA DO MAL) e um rastro do marido: os óculos que ele deixou cair sem perceber.

Quando Zefinha entrou na Floresta do Mal, encontrou seu marido lutando contra a planta carnívora gigante. Ele conseguiu se soltar, mas na mesma hora a Planta Carnívora atacou Zefinha das Jóias. Ela começou a gritar:

- Socorro, socorro! Por favor, me ajude!

O seu marido sabia que na floresta existia uma formiga venenosa. Quem comesse morria.

Desesperado, foi procurar uma dessas formigas. Encontrou uma bem perto do local onde estava. Pegou com muito cuidado para não ser picado.

Zefinha das Jóias estava fraca de tanto lutar para se libertar das garras da planta carnívora quando o Cientista Maluco chegou com a formiga venenosa.

Colocou a formiga venenosa na boca da planta carnívora que começou a perder a força. Zefinha das Jóias finalmente estava livre e a planta carnívora morreu minutos depois.

Os dois voltaram para casa completamente sujos. Prometeram que nunca mais voltariam àquela Floresta do Mal.

AUTORES: Alunos do 3º ano (primeiro ciclo) – Grupo B

As Aparências Enganam

Paulo era um homem muito rico e inteligente. Um dia foi convidado para fazer uma prova de matemática para testar se ele era mesmo inteligente.

José era um homem muito pobre, que todos chamavam de burro. Também foi convidado para fazer a prova. Teve vergonha de dizer não, mas também estava com medo de ser humilhado com o resultado. Paulo e José aceitaram o desafio.

O concurso era no sábado de manhã. Os dois saíram de casa bem cedo para fazer a prova. Sabiam que era preciso prestar muita atenção. Eram mais de 60 pessoas concorrendo ao primeiro lugar. O prêmio: um computador. Na hora da prova, Paulo parecia bem tranqüilo. José estava muito nervoso. Não parava de se mexer na cadeira e coçar a cabeça.

Eles terminaram a prova e foram para casa. José sentia que não iria se dar bem no resultado. Paulo estava confiante que seria o primeiro colocado.

O resultado seria divulgado pela Internet, na segunda-feira.

SEGUNDA-FEIRA

Paulo acordou e foi correndo ligar o computador para ver se o resultado já estava na Internet.

José acordou e foi tentar arrumar dinheiro emprestado para ir numa Lan House. Tentou com alguns amigos, mas não conseguiu. Voltou para casa. De longe, percebeu que tinha alguém na porta da sua casa. Era o Paulo. José ficou surpreso com a visita e perguntou:

- Oi Paulo! O que você está fazendo aqui?

Paulo respondeu:

- Vim para lhe dar uma notícia. Você foi o primeiro colocado no concurso. Já pode ir buscar o seu computador. Eu te ajudo a trazer no meu carro. Vamos?

AUTORES: Alunos do 1º ano (segundo ciclo) – Grupo A

O Baú Misterioso

Rafael morava perto de uma casa abandonada. Todos diziam que lá havia um baú misterioso. Ele sempre teve curiosidade de ver o baú, mas tinha muito medo de entrar na casa.

Um dia, chamou seu amigo Sandro, que era mais medroso que ele, para entrarem na casa abandonada.

Assim que os dois entraram, tomaram um susto. Um gato preto, que estava atrás da porta, saiu correndo e miando bem alto.

Era de noite e a casa estava escura. Acenderam uma vela e começaram a andar pela casa. Passaram pela sala, pela cozinha, até que entraram em um dos quartos. Estava lá o tão falado baú. Um antigo baú de madeira, muito grande.

Quando os dois tentaram abrir o baú, apareceu na frente deles um velho barbudo que disse:

- Não mexam aí.

Os dois começaram a tremer de medo. Rafael, mesmo tremendo, perguntou:

- Mas por que não podemos abrir o baú?

O velho barbudo respondeu:

- Se vocês abrirem poderão se arrepender. A decisão é de vocês. Não vou impedir.

Eles não resistiram à curiosidade e abriram o baú misterioso. Quando olharam para dentro do baú só viram uma pequena minhoca. Um olhou para o outro e deram uma gargalhada porque não tinha nada demais.

Acontece que, enquanto estavam distraídos rindo, a minhoca tomava outra forma. Ela crescia, crescia, crescia. E se transformou num grande dragão, soltando fogo pela boca. Quando eles perceberam, saíram correndo desesperados.

Daquele dia em diante, nunca mais voltaram àquela casa. E todos não acreditaram na história que eles contavam sobre o baú, o velho, a minhoca e o dragão. Achavam quer era tudo invenção deles.

AUTORES: Alunos do 1º ano (segundo ciclo) – Grupo B

O Meteoro

Certo dia, uma notícia de última hora chamou a atenção de todos. O jornal da TV informou:

- Um grande meteoro está prestes a atingir a Terra. Ainda não encontraram uma solução. Pelo visto, dessa vez o planeta será destruído.

Junior estava assistindo o jornal e ficou com muito medo. Correu para contar para alguns amigos que estavam na praça.

- Vocês não imaginam o que vai acontecer. O planeta Terra será destruído por um meteoro. Todos nós iremos morrer.

Eles ficaram preocupados e começaram a pensar em um meio de impedir a tragédia. Os quatro amigos foram à casa de Junior para tentar encontrar uma solução.

Os amigos sempre gostaram de inventar coisas. Na parte de trás da casa tinha um pequeno laboratório onde eles costumavam brincar de cientistas. Junior perguntou:

- E por que não tentar construir uma arma para destruir o meteoro?

Unidos, os quatro amigos começaram a construir a arma que poderia salvar a humanidade. Eles tinham uma semana para terminar. O jornal informou que a tragédia iria acontecer na quinta-feira da outra semana. Bruno, um dos quatro amigos, botou a mão na cabeça e desabafou:

- Acho que não vamos conseguir. Já se passaram quatro dias e ainda não saímos do lugar. Estou perdendo as esperanças.

Junior respondeu, tentando animar os amigos:

- Não, não vamos desistir. Ainda temos tempo.

Na quarta-feira, já perto de dar meia noite, os quatro gritam:

- Conseguimos!!!

Pegaram um telescópio e a arma que inventaram e correram para a montanha mais alta da cidade. Faltavam poucos minutos para o meteoro atingir a terra quando eles soltaram o míssel. Roberto deu um pulo de felicidade e comentou:

- O meteoro foi destruído. Salvamos o Planeta.

Júnior interrompe a comemoração e pergunta:

Será que salvamos mesmo o planeta Terra? Eu acho que não. A gente venceu essa batalha, mas a Terra ainda corre sérios riscos. A poluição, o desmatamento, as queimadas, tudo isso e muito mais coisas estão acontecendo. Temos que nos unir e continuar a nossa luta. Só que dessa vez não pode ser com arma.

A partir daquele dia, os quatro amigos começaram um trabalho de conscientização para defender o meio ambiente.

AUTORES: Alunos do 2º ano (segundo ciclo) – Grupo A

desMATAmento

Joãozinho era um menino muito traquino. Não podia ver nada que logo queria pegar para brincar. Certo dia, viu algo brilhando em cima da mesa. Uma faca bastante afiada. Ele pegou a faca escondido e levou para seu quarto.

Daquele dia em diante, Joãozinho ficou com uma mania de cortar tudo que via pela frente: árvores, pé de cana, coqueiros, jardins. Não podia ver um pé de planta que já queria cortar.

Joãozinho da Faca, como passou a ser conhecido, chamou outro amigo para cortar com ele, seu amigo Paulo.

- Paulo, vamos cortar comigo? Consigo outra faca afiada para você.

Paulo topou. Os dois tiveram a ideia de chamar mais dois amigos, Zé e Chico.

Os quatro começaram a cortar mais e mais. Não sabiam bem por que faziam aquilo, mas gostavam. Tinham noção que era errado desmatar, mas não conseguiam parar. Parecia um vício, quanto mais cortavam, mais queriam cortar.

A cidade estava ficando muito quente por causa das poucas árvores que restavam na cidade.

Até que chegou um novo morador, Pedro da Semente. Esse aí tinha uma mania completamente diferente da de Joãozinho da Faca. Pedro da Semente tinha a mania de plantar. No caminhão da mudança o que mais se via eram jarros e plantas.

Ele assim que percebeu a cidade completamente sem árvores, pegou muitas sementes, colocou no bolso e saiu plantando suas sementes.

De repente, Pedro da Semente encontra dentro da pequena floresta os quatro amigos (Joãozinho da Faca, Paulo, Zé e Chico) desmatando. Chegou perto deles e perguntou:

- Por que vocês estão fazendo isso? Será que não percebem que a cidade está perdendo o colorido? O calor está insuportável.

Os quatro baixaram a cabeça e ficaram ouvindo Pedro da Semente falar:

- Vocês estão desmatando. Vocês estão matando as florestas. Matar é tirar a vida! Já pensaram nisso?

Joãozinho largou a faca no chão. Os outros amigos fizeram a mesma coisa. Joãozinho sem coragem de levantar a cabeça, cheio de vergonha, falou:

- Desculpe a gente. Eu quero consertar o erro que fiz. O que podemos fazer? Só não queria ser preso.

Pedro da Semente respondeu:

- Vocês serão mais úteis fora da prisão mesmo. Teremos muito trabalho pela frente. A nossa primeira missão será espalhar sementes por toda a cidade. Plantar todos os tipos de árvores. E mais, convencer outros amigos a fazer o mesmo. Vamos transformar a nossa cidade a mais colorida da redondeza.

AUTORES: Alunos do 2º ano (segundo ciclo) – Grupo B

Cabeção + Linguaruda = Cabeluda

Era uma vez um menino Cabeção!

Foi na padaria comprar mortadela e pão.

Lá conheceu uma menina Linguaruda.

Depois de um tempo decidiram se casar.

Tiveram uma filha e colocaram o nome de Cabeluda.

De noite, um disco voador sequestrou a menina Cabeluda.

Cabeção e Linguaruda começaram a chorar.

Tiveram uma ideia:

Compraram um foguete e foram atrás do disco voador

Chegando na Lua conversaram com o Marciano.

Eles voltaram para casa com a menina Cabeluda.

Texto em forma de melodia, criado com acordes de violão.

AUTORES: Alunos do 1º ano (primeiro ciclo) – Grupo A

Bruxa Magrela

Era uma vez uma bruxa magrela.

Ela criava uma cadela que viva com fome.

Certo dia, pegou sua vassoura voadora para procurar comida.

Saiu voando pelo céu e sequestrou a Menina Banguela.

Preparou o caldeirão e colocou lá dentro a menina Banguela.

A menina banguela começou a chorar.

A bruxa estava distraída e não via que as lágrimas da menina apagavam o fogo.

O fogo apagou e a menina conseguiu fugir.

Texto em forma de melodia, criado com acordes de violão.

AUTORES: Alunos do 1º ano (primeiro ciclo) – Grupo B

Sonho de uma Flauta

Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra se parece com tijolo ou com pedra de giz

Avião parece passarinho que não sabe bater asa
Passarinho voando longe parece borboleta que fugiu de casa

Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente pois somos semente do que ainda virá

A gente parece formiga lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração

A nuvem parece fumaça. Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão às vezes é doce. Mas às vezes né doce não

Sonho parece verdade, quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade quando a gente acorda e esquece de levantar
Hum... E o mundo é perfeito

Eu não pareço meu pai. Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa. Sei que incerteza traz inspiração

Tem beijo que parece mordida. Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga. Tem briga que aparece pra trazer sorriso.

Tem riso que parece choro. Tem choro que é por alegria.
Tem dia que parece noite. E a tristeza parece poesia.

Tem motivo pra viver de novo. Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio. Mas o Coração diz que é o mais Bonito

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais

LETRA E MÚSICA: O Teatro Mágico

ILUSTRAÇÃO PARA ANIMAÇÃO DO DVD: Grupo V

Aquarela

Créditos